O bem-estar corporativo e o desafio das empresas em alinhar seus negócios com a proposta de valor

Recentemente aconteceu o CONARH que tratou sobre a experiência do colaborador como fator de crescimento para as empresas. Mas, como administrar a crise econômica do mercado, o bem-estar dos profissionais e a saúde dos negócios?

Um estudo, divulgado há algum tempo pela revista Forbes, mostrou que empresas com colaboradores engajados superam o desempenho das concorrentes com os clientes em até 147%. Ou seja, colaborador feliz é produtivo e gera maior rentabilidade para a organização.

Mas, quando colocamos no contexto da economia atual, com alta de juros para contenção da inflação e retenção de consumo, aumento no índice de endividamento das companhias, necessidade de redução de FTE para a garantia de sobrevivência das organizações (fazer mais com menos, o que muitas vezes implica em cortes), como manter o bem-estar de profissionais?

Muitas organizações estão apelando para dia do pet no trabalho, ampliação do modelo de home office (anywhere office) para retenção de talentos e até escritórios com mesas de sinuca, entre outros atrativos para trazer leveza ao mundo corporativo. Porém, esse seria o real caminho?

Empresas se perdem por falta de processos e ferramentas de automação de suas atividades que melhorem a produtividade da equipe, o que causa erros, perdas financeiras e, consequentemente reajustes drásticos para manter os números em dia. E, as vezes acreditam que ao trabalharem em projetos de revisão de processos vão encontrar resistência da equipe por dar a aparência de que eles serão burocráticos.

Mas, se eu puder dar um conselho, nestes anos de experiência em consultoria, o caminho não são as chamadas ações de “pão e circo” e sim a transparência com os profissionais que vai torna-los mais engajados.

Os profissionais não estão alheios ao que acontece no mercado e necessitam saber que a empresa age de maneira transparente com eles para que possam se sentir seguros e motivados a dar tudo de si por um objetivo comum.

O entendimento sobre os objetivos de uma revisão de processos, uma nova tecnologia ou até o que a empresa espera de cada um e seus objetivos futuros, faz com que o discurso se torne concreto e ele entenda o porquê de cada decisão tomada. Isso faz a aderência ao novo ser mais fácil e o caminho mais claro.  

É claro que melhorar o pacote de benefícios e reconhecer o trabalho feito ajuda no engajamento do colaborador, mas a verdade e transparência causa seu encantamento.