A adequação da LGPD ainda não é uma realidade para as companhias

<b>Mario Romero</b>

Mario Romero

Sócio de estratégia de marketing


A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrou em vigor no Brasil com o objetivo de garantir a privacidade e a segurança dos dados pessoais dos cidadãos, bem como regulamentar a coleta, o armazenamento e o tratamento dessas informações por empresas públicas e privadas. Desde a sua implementação, tem sido motivo de discussão e preocupação para as organizações, que têm enfrentado desafios significativos para se adequarem às suas exigências. Segundo um artigo de um advogado, publicado no portal TI Inside em julho de 2023, apenas 2% das empresas brasileiras haviam alcançado a conformidade com a LGPD até aquele momento.

Esse dado alarmante evidencia a complexidade e a falta de preparo das companhias em relação ao tema de proteção de dados. Embora a LGPD tenha sido sancionada em agosto de 2018, o processo de adaptação e conformidade ainda é um desafio para a maioria das organizações, o que levanta questionamentos sobre as causas dessa realidade.

Uma das principais razões para a baixa adesão à LGPD é a falta de conscientização e entendimento adequado das empresas sobre a importância e as implicações dessa legislação. Muitas companhias ainda não perceberam a amplitude da LGPD e como ela afeta seus processos internos e a relação com seus clientes, parceiros e fornecedores. A falta de conhecimento sobre as melhores práticas de proteção de dados também é um obstáculo significativo para a adequação.

Além disso, a lei impõe uma série de requisitos técnicos, organizacionais e jurídicos que demandam tempo e recursos para implementação. Pequenas e médias empresas, em particular, podem enfrentar dificuldades adicionais, pois muitas vezes não possuem os recursos financeiros e a equipe especializada para lidar com a complexidade do processo de adequação.

Outro fator que contribui para a baixa conformidade com a LGPD é a crença equivocada de que a legislação não será rigorosamente aplicada. No entanto, esse cenário está mudando rapidamente, uma vez que as multas por infrações à LGPD começaram a ser aplicadas. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) já demonstrou sua atuação ao aplicar sanções em alguns casos emblemáticos, o que tem aumentado a preocupação das empresas em relação ao cumprimento da lei.

A minha experiência de consultoria na Inflow Tech corrobora a constatação de que muitas organizações ainda não estão preparadas para este momento. Temos identificado uma série de lacunas nas políticas e processos de proteção de dados de diversas empresas nos últimos tempos e realmenteme faz cre que a fala do advogado é verídica.

Para se adequarem efetivamente à LGPD, as companhias devem adotar uma abordagem proativa, revisando suas políticas de privacidade, mapeando fluxos de dados, implementando medidas de segurança robustas e promovendo treinamentos para os colaboradores sobre o tratamento adequado dos dados pessoais.

É fundamental que as organizações assumam a responsabilidade de proteger os dados pessoais de seus clientes e parceiros, garantindo a conformidade com a LGPD. Na verdadejápassou da hora!

Texto base: https://tiinside.com.br/21/07/2023/apenas-2-das-empresas-se-adequaram-a-lgpd-diz-advogado/

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